sexta-feira, 3 de abril de 2015

PÁSCOA E ESPIRITISMO

“A imortalidade é tão importante que é preciso ter perdido toda a sensibilidade para lhe ser indiferente”. (Blaise Pascal)

Por Francisco Cajazeiras (*)



“O que acontece após a morte do corpo físico? Sobreviveremos?” Eis uma pergunta invariavelmente presente nas cogitações humanas de todos os tempos. A ciência materialista nega veemente a sua possibilidade; as doutrinas espiritualistas advogam sua realidade, muito embora divirjam em vários aspectos no que respeita ao seu modus operandi.


Jesus, Mestre por excelência, demonstrou invariavelmente tudo o que ensinou no decorrer de sua vida missionária entre nós, inclusive a base de toda a sua doutrina, sem o que “seria vão” todo o nosso esforço de transformação moral e vivência do amor: a imortalidade, provando-nos, de maneira patente, repetida e inquestionável, com a sua ressurreição. Vai além e nos revela ser este um fenômeno universal, não um privilégio; ou seja, que beneficia todos os seres humanos, significando o natural retorno do Espírito, essência humana, à vida espiritual, ao “Reino dos Céus”, em corpo espiritual da expressão paulina, em sua I Epístola aos Coríntios (15, 44):

“Semeia-se corpo animal, ressuscita-se corpo espiritual.”(Grifo meu).
A páscoa cristã deve suscitar-nos as mais profundas reflexões sobre essa “passagem”, que um dia será transposta por cada um de nós. Páscoa é por isso mesmo, momento de exultação com Jesus pelo magnânimo amor da Suprema Inteligência, Deus, que nos assegura a eternidade como futuro inexorável.


(*) escritor, orador espírita, presidente do Instituto de Cultura Espírita do Ceará e da Associação Médico-Espírita do Ceará. 


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