Pular para o conteúdo principal

AMA O PRÓXIMO COMO A TI MESMO!

Por Gilberto Veras (*)


 
Somos todos obras do Criador concebidas por amor e com o fim de nos proporcionar a Felicidade, ninguém deve recusar esta destinação, pois, se assim fizer, receberá Dele resposta desagradável, em forma de dores e pesares, e com propósitos educativos que reconduzem o desviado à estrada de luz projetada (imperante e única). Compreendamos esse projeto de vida elaborado por Inteligência Suprema e de Amor, Bondade e Justiça infinitos.
Concedidos nos foram, em potencial, os recursos precisos, necessários e poderosos para deslocamento nesse caminho perfeito (limpo e de indizível conforto), esses instrumentos de que fomos dotados são movidos pela força do amor divino e estão latentes em recinto nobre (íntimo) e acompanhados por leis superiores gravadas em nossas consciências. O Idealizador Infalível naturalmente não privilegiou ninguém no ato de criação do homem, todos somos iguais na Sua Concepção (mesma potencialidade originária e com destino imutável e singular), o posicionamento de cada um na marcha evolutiva não contraria esta afirmação, pois depende, apenas, de acertos e erros no exercício do livre-arbítrio adquirido da Justiça 
Plena, o que define o grau de adiantamento espiritual é o desenvolvimento do binômio amor-razão.
Nenhum ser humano é dispensado do cumprimento das leis de Deus que são sustentadas pelo amor, sentimento-motor de importância primordial, não é demais classificá-lo como sublime e áureo. Todo e qualquer relacionamento humano válido e próspero está sob regência desta sensibilidade fundamental, assim deve ocorrer nas convivências entre líderes e liderados, intelectuais e incultos, pobres e afortunados, no meio de raças, crenças e doutrinas díspares, a regra é geral, não é permitido negar o sentimento-mor a quem quer que seja, tal procedimento significa resistir às atrações benéficas das leis orientadoras e carregar nossas almas com males consequentes, obstáculos acrescidos à marcha vitoriosa na direção  planejada.
O grande desafio da vida é aprender a amar, e para isso é preciso não só desenvolver o sentimento como também saber identificá-lo em suas vibrações energéticas que, independente de aproximação, ativam, em função de circunstâncias, paciência, tolerância, sinceridade, respeito à dignidade e à capacidade evolutiva do outro, entendimento do compromisso com a fraternidade, auxílio ao próximo em suas carências, exercitação da caridade no sentido legítimo de beneficiar pela força do amor, em empatia sentida e aplicada.
Grupos de mesma crença só são mantidos e avançam se movidos pelo motor amoroso, discordâncias de opiniões e entendimentos no mundo das relações não devem fechar corações e sim abrir mentes para o encontro com o denominador comum que requer a participação da humildade construtiva, opositora do orgulho e vaidade destruidores. Líderes e administradores cometem erros ao desrespeitar normas de amor, e com menosprezo considerar o liderado nulo no relacionamento, isso é falha crassa, pois o aprendizado se faz na convivência, que independe da intelectualidade. O liderado também não está certo ao se melindrar e responder com ódio a desfeita recebida porque com essa conduta o compromisso com o sentimento nobre fica prejudicado.  
Lideres e liderados devem discutir equívocos na relação grupal, sem jamais prescindirem da benevolência e sempre preservando a dignidade humana, consequência da prática dessa energia genuína, a condição de igualdade divinamente estabelecida não pode ser ferida na correlação sem que haja a merecida reação corretiva, de ordem superior.  
E como percebermos que nos amamos?
Ao sentir vibrações do bem pulsarem inconfundíveis em nosso coração e se manifestarem em atitudes de fraternidade, tolerância, bondade e de outras virtudes estamos amando a nós mesmos e, por extensão e da mesma forma, ao semelhante com quem interagimos, porque harmonizados estaremos com O Todo-Amor (e O Amor-Todo) cujo anseio bondoso implantado está em nosso âmago. 

O próximo que devemos amar como a nós mesmos, conforme recomendado pela máxima autoridade moral vinda à Terra, Jesus Cristo, não discrimina o filho de Deus, próximo é o semelhante encontrado em qualquer posição social, intelectual, racial, religiosa ou doutrinária, e todos eles precisam do outro para avançarem na marcha evolutiva rumo à Felicidade. 

(*) aposentado do BB, poeta, escritor e voluntário do Instituto de Cultura Espírita - ICE.

Comentários

  1. Essa é a máxima das máximas de Jesus! Parabéns!!!

    ResponderExcluir
  2. Deve ser nosso exercício diário...

    ResponderExcluir
  3. Deixamos aqui nossas vibrações de muita paz a todos que estão no outro plano da Vida. Na certeza que há vida plena, com ensinou o nosso Mestre Jesus. Em especial nossa irmã Leleda, "My Love". Temos pensado muito nestes dias, Paz e Luz a todos.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.