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O ABUSO ESPIRITUAL NAS EXPERIÊNCIAS RELIGIOSAS

 

Por Jorge Luiz

            Baseado em fatos reais, o filme O Rei do Povoprodução Netflix retrata o processo judicial sofrido por um jornalista progressista que denunciou o líder de uma seita religiosa que, amparado pela sua posição, abusava sexualmente de jovens por ele escolhidas, em um festival de celebração conhecido como “serviço divino”, o qual se consumava com o ato sexual, podendo ser assistido mediante o pagamento de certa quantia. Uma dessas jovens, noiva do referido jornalista, ao descobrir que fora enganada, suicidou-se. Outras jovens, quando engravidavam, abortavam com a ajuda do referido guru. O processo ocorreu em Bombaim, em 1862, concluído pela inocência do jornalista e resultou na exclusão do referido rito das práticas da seita. Não ocorreu nenhuma penalidade ao guru.

            O filme retrata bem dois fenômenos muito comuns ao longo da história das religiões: o abuso espiritual e o abuso sexual. Alguns, de tão graves, resultaram em tragédia consumada com suicídios coletivos: O Templo do Povo, Jonestown, Guiana – 1978; Ramo Davidiano, Waco, Texas – 1993; Heaven's Gate, Rancho Santa Fé, Califórnia – 1997.

            O abuso espiritual, segundo Ken Blue, doutor em Teologia pelo Seminário Teológico Fuller, na Califórnia, ocorre quando “um líder investido de autoridade espiritual usa essa autoridade para coagir, controlar ou explorar um seguidor, causando-lhe ferimentos espirituais”. Essa autoridade é baseada na Bíblia, a Palavra de Deus. Esse líder se acha investido de uma responsabilidade sagrada. No caso relatado na abertura, o ser sagrado é Krishna, um deus personificado do hinduísmo, representante das manifestações de Deus Supremo no mundo. Segundo a tradição hindu, tem no Bagavadeguitá a essência do conhecimento védico e sagrado da Índia e um dos maiores clássicos de filosofia perene e de espiritualidade do mundo, e tem influenciado inúmeros movimentos espiritualistas.

            É necessário reconhecer que o abuso espiritual, não necessariamente, é praticado de forma abusiva sexualmente como a obra exemplificada. Há alguns abusadores espirituais, hoje em dia é muito fácil de se encontrar, que são, em certa medida, muito ingênuos. Isso faz lembrar a frase do padre e psicoterapeuta jesuíta Anthony Mello, quando afirma que “caldo de galinha faz pelos mortos o que a religião faz pelos ignorantes, que são, ai de mim, em grande número.” A mescla dessa ingenuidade e ignorância, os torna, diz Blue, “tão narcisistas ou tão focados em alguma grande coisa que estão fazendo para Deus que nem notam as feridas que estão infligindo em seus seguidores.”

            Poder-se-ia elaborar uma escala de gravidade seguindo o pensamento de Blue, o que faria essa resenha muito extensa, eu o citarei nesses exemplos, que contempla a abusividade do gênero: ameaças, intimidação, extorsão de dinheiro, exigência de sexo, humilhação pública, controle sobre vidas privadas, manipulação de casamentos, espionagem elaborada e outras práticas similares.

            Blue, com muita propriedade, traz à reflexão o Evangelho de Mateus, 23:2-4:

“Os escribas e fariseus estão assentados na cadeira de Moisés. Portanto, observai e fazei de tudo que vos disseram. Mas não procedais de conformidade com as suas obras, pois dizem e não fazem.  São verdadeiros fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem nos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.”

            Jesus é didático nessa passagem e critica duramente a falsa religião e as falsas lideranças, naquilo que hoje se define como abuso espiritual. Os escribas e os fariseus que, à época, avocavam à condição de “assentados” na cadeira de Moisés, são os “ungidos” nos dias atuais, que sob os “dons de línguas” falam e impõem as maiores diatribes em nome de Deus.

            Volte-se o olhar para o clero católico e em interface com a citação de Jesus acima, contabilize-se o que foi feito em nome do seu universalismo, tendo no apóstolo Pedro a hierarquia papal imposta através dos tempos. O Espírito Emmanuel, através da psicografia de Chico Xavier, acerca da confissão auricular, assim se pronuncia:

“Dolorosos e pesados tributos são cobrados das católicas-romanas, que, confiadas em Deus, lançam-se aos pés de um homem cheio das mesmas fraquezas dos outros mortais, na enganosa suposição de que o sacerdote é a imagem da Divindade do Senhor.”

                        A Igreja Católica vem, ao longo do tempo, pagando indenizações bilionárias aos “quatro cantos” do mundo, às vítimas de abusos sexuais praticados por seus integrantes.

            Não pensem que os espíritas estão isentos da prática de abuso espiritual ou mesmo sexual em suas instituições. O abuso espiritual é praticado por dirigentes, expositores, médiuns, principalmente nas questões pertinentes às vidas passadas, obsessão, correio do além. O que será o atendimento fraterno senão uma versão maquiada da confissão auricular? E nesses espaços, muitas heresias são ditas e dinamizadas, inclusive abusos sexuais. A esse respeito diz Alexandre Júnior, pedagogo e pesquisador espírita pernambucano sobre o tema:

“(...) há, no Movimento Espírita Brasileiro, um peso, uma cobrança pela perfeição e pela completude, que, insisto, não são características do Seres-Humanos-Espíritos-Sociais. E, quando não conseguimos atender essas expectativas, adoecemos, emocional e espiritualmente.”

            Perante a dinâmica do universo religioso nesses quesitos, o que leva indivíduos a se tornarem uma massa homogênea, a partir de subjetividades idiotizadas construídas a partir de sermões de indivíduos destituídos daquilo que se considera conduta normal de líder de uma comunidade religiosa?

O psicólogo estadunidense Elliot Aronson, citando Leon Festinger (1919-1989), psicólogo nova-iorquino, desenvolvedor da teoria da dissonância cognitiva, afirma que o estado de tensão acontece quando um indivíduo reúne simultaneamente duas cognições (ideias, atitudes, crenças, opiniões) psicologicamente inconsistentes. Duas cognições são dissonantes se o oposto de uma decorre da outra. Abrigar das ideias que se contradizem mutuamente é flertar com o absurdo.(...).”

Parece simples, mas na prática não o é!

            Um exemplo que ainda está na memória de muitos, e serve para o entendimento científico da teoria de Festinger, ocorreu em 1997, no Rancho Santa Fé, Califórnia: 39 membros da seita Heaven's Gate cometeram suicídio coletivo, por terem elaborado uma convicção tragicamente desorientada, demonstrando que o autoengano para o indivíduo pode levar à autodestruição.

            A crença dos adeptos da seita Heaven’s Gate é que uma espaçonave se deslocava atrás do cometa Hale-Popp, e, quando de sua passagem próximo à Terra, eles deveriam se livrar dos seus “recipientes físicos” (o próprio corpo) para serem recolhidos pela espaçonave. Para terem certeza do fato, adquiriram um telescópio de alta resolução para ver melhor o cometa, e viram... Só não viram a espaçonave, que na realidade não existia. Foram à loja e devolveram o telescópio sob a alegação de que o mesmo estava com defeito: “Encontramos o cometa, sim, mas não vimos a espaçonave que o está acompanhando.” Mesmo assim, cometeram o suicídio.

            Aronson reforça de forma brilhante a teoria; diz ele: “não muito diferente dos membros de cultos, sempre que sentimos forte lealdade com uma religião, partido político, líder carismático ou ideologia, nós também somos capazes de inventar toda sorte de distorção da evidência quando essa lealdade é questionada pelos fatos.” Que se façam outras ponderações sobre o que ocorre no Brasil, na questão político-social.

            Caso recente, realça Aronson, diz respeito a Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, que encantado com a mesma “lealdade” incondicional dos próprios apoiadores, afirmou: “Eu poderia ficar em pé no meio da Quinta Avenida e atirar em alguém e não perderia eleitores, sabe? Isso é, sabe, incrível.”

Sair da situação de dissonância cognitiva requer ser racional e não racionalizador. Sendo racional, você terá condições de analisar as condições plausíveis em confronto com outros tolos, que são considerados, mediante a racionalização, envoltos em emoções de raiva, ódio, paixão, dentre outros.

Aos que sofrem abusos espirituais, não permitam se envolver pela culpa, acreditando na autoridade do líder da igreja frequentada, simplesmente, abandonem essa instituição e busquem uma que os tratem com dignidade cristã.

            Alvíssaras, no entanto, sopram nesse cenário dissonante. Recente pesquisa publicada pela Folha de São Paulo aponta que de 10 evangélicos, 8 não atendem aos apelos do pastor sobre em quem deve votar.

            Em outra direção, a vinculação de lideranças religiosas à política conservadora da direita religiosa e aos numerosos escândalos de abusos espirituais e sexuais produzidos pelas igrejas e seitas, principalmente, vem produzindo um fenômeno denominado “desigrejamento”, o qual tem em sua gênese que as estruturas religiosas se apresentam como desnecessárias, defendendo que a fé cristã pode ser exercida desvinculada da comunhão com essas instituições.

            Na realidade, as religiões e as seitas são fenômenos sociais que contemplam e atendem às definições de Sigmund Freud (neurose coletiva), Karl Mark (ópio do povo), Emile Durkheim (ferramenta social), as quais estão morrendo. O sentimento de religiosidade ou espiritualidade, como alguns gostam de definir, é patrimônio do Espírito, ser imortal, e que está contemplado na Lei de Adoração – Livro III – cap. II, questão n.º 652, de O Livro dos Espíritos, a qual ensina que a adoração tem sua fonte na lei natural: “Ela faz parte da lei natural porque é resultado de um sentimento inato do homem; por isso a encontramos entre todos os povos, embora sob formas diferentes.”

O sentimento é inato, progressivo e aprimorado pelas vidas sucessivas. As formas de adoração são criadas pelos homens, por isso, mutáveis, cheias de falhas e finitas.

 

Referências:

ARONSON, Elliot. O animal social. Goya. E-book.

BLUE, Ken. Abuso espiritual. São Paulo: Abu, 1993.

JÚNIOR, Alexandre. Por uma teoria espírita sobre gênero e sexualidades: um diálogo decolonial. Alagoas; CBA, 2023.

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. São Paulo: Lake, 2000.

MELLO, Anthony. O enigma do iluminado. São Paulo: Loyola, 2000.

XAVIER, F. C. Emmanuel. Rio de Janeiro: FEB,1994.

Comentários

  1. Leonardo Ferreira Pinto31 de julho de 2024 às 19:36

    Artigo excelente. Tema importante para qualquer religião e seus seguidores

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  2. Gratidão, meu amigo. Jorge Luiz

    ResponderExcluir
  3. Belo e pertinente texto.
    Essas reflexões são bem importentes em tempos tão sombrios, como os que estamos vivendo no momento!
    Parabéns!

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