Pular para o conteúdo principal

A CIÊNCIA E AS SESSÕES ESPÍRITAS (SCIENCE AD THE SEANCE) DOCUMENTÁRIO BBC

 


 Por Marcelo Henrique

A Ciência e as Sessões Espíritas (Science and the Seance) – Documentário BBC

Documentário produzido pelo respeitado canal de televisão britânico BBC, no qual temos o resgate histórico daqueles foram os mais extraordinários eventos do século XIX: as manifestações espirituais, das quais brotaram, além da Doutrina Espírita, as grandes e revolucionárias invenções tecnológicas no âmbito das telecomunicações, como o rádio e a televisão.

A BBC ratifica o que diz o Espiritismo sobre a importância dos fenômenos mediúnicos, que os historiadores tentaram encobrir a pretexto de interesses diversos.

Porém, pouco a pouco a História vai sendo desvelada e as massas vão reconhecendo a veracidade das coisas.

A produção destaca

Claramente a grande influência que os fenômenos espirituais do Século XIX exerceram especialmente nos EUA e Europa, desde a espetacular febre das prosaicas Mesas Girantes, até as pesquisas mais sérias, envolvendo os nomes mais ilustres da ciência daquele tempo, como William Crookes, Oliver Lodge, Marconi, Thomas Edson, etc.

Diz também que foram essas manifestações do chamado “Moderno Espiritualismo”

Que motivaram aqueles grandes cientistas nas mais revolucionárias descobertas e invenções, sobretudo acerca das telecomunicações; justamente da busca de mecanizar o contato com os “mortos” foi que acabou surgindo as tecnologias das quais foram a humanidade herdou o rádio, o telefone, a televisão e tudo quanto se pensar em transmissão audiovisual e dados, como hoje se dá pela Internet.

Esse é o ponto forte do documentário, que ainda traz cenas inéditas do respeitado Sir Arthur Conan Doyle, citado como um grande divulgador do Espiritismo.

Sessão espírita, séance ou reunião mediúnica acontece quando pessoas buscam obter comunicações com espíritos.

No Brasil, a primeira sessão espírita de que se tem registro ocorreu em 17.Set.1865, em Salvador, dirigida pelo jornalista Luís Olímpio Teles de Menezes, um dos pioneiros do Espiritismo no país.

Allan Kardec (França, 1804-1869, influente educador, pedagogo, autor e tradutor) em O Livro dos Médiuns, Capítulo 29, discorre sobre reuniões mediúnicas e centros espíritas, à época chamados de “sociedades espíritas”.

Ele classificou as reuniões em 3 tipos: frívolas, experimentais e instrutivas, de acordo com a moralidade e interesses dos espíritos e médiuns que participam da sessão.

Uma reunião só e verdadeiramente séria, quando cogita de coisas úteis, com exclusão de todas as demais.

Se os que a formam aspiram a obter fenômenos extraordinários, por mera curiosidade, ou passatempo, talvez compareçam Espíritos que os produzam, mas os outros (espíritos sérios, comprometidos com a seriedade da reunião) daí se afastarão.

Numa palavra, qualquer que seja o caráter de uma reunião, haverá sempre Espíritos dispostos a secundar as tendências dos que a componham.

Assim, pois, afasta-se do seu objetivo toda reunião séria em que o ensino é substituído pelo divertimento.

As manifestações físicas têm sua utilidade; vão às sessões experimentais os que queiram ver; vão às reuniões de estudos os que queiram compreender.

É desse modo que uns e outros lograrão completar sua instrução espírita, tal qual fazem os que estudam Medicina, os quais vão, uns aos cursos, outros às clínicas.

Entre os cientistas que pesquisaram sessões espíritas

E entraram em contato com espíritos de pessoas falecidos, incluem-se o físico Sir Oliver Lodge, o químico e físico Sir William Crookes, o co-criador da teoria da evolução Alfred Russel Wallace, o psiquiatra e criminologista Cesare Lombroso, o inventor do rádio Guglielmo Marconi, o inventor do telefone Alexander Graham Bell, e o inventor da tecnologia de televisão John Logie Baird, que afirmou ter contactado o espírito do inventor Thomas Edison.

Citando a falta de evidências, céticos e ateus geralmente consideram as sessões espíritas como fraudes, ou no mínimo uma forma piedosa de fraude.

Alguns cristãos protestantes, acreditam que os espíritos podem ser contatados, considerando interpretações literais da Bíblia. Ao mesmo tempo, defendem que a Bíblia proíbe especificamente este tipo de contato.

Os parapsicólogos católicos, como o jesuíta Carlos María de Heredia, também consideram as sessões espíritas como fraudes.

A Mediunidade envolve um ato em que o praticante, denominado médium, recebe mensagens de pessoas já falecidas e de outros espíritos.

Alguns médiuns são totalmente conscientes e despertos no contato com espíritos. Outros perdem contato com a realidade que o cerca durante um transe parcial ou completo, em um típico estado alterado de consciência.

Os chamados “médiuns em transe” muitas vezes afirmam que quando retornam do estado de transe não têm lembrança das mensagens transmitidas por eles. Por isso é habitual o uso de um assistente que escreve ou registra as palavras dos médiuns.


 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

A CIÊNCIA DESCREVE O “COMO”; O ESPÍRITO RESPONDE AO “QUEM”

    Por Wilson Garcia       A ciência avança em sua busca por decifrar o cérebro — suas reações químicas, seus impulsos elétricos, seus labirintos de prazer e dor. Mas, quanto mais detalha o mecanismo da vida, mais se aproxima do mistério que não cabe nos instrumentos de medição: a consciência que sente, pensa e ama. Entre sinapses e neurotransmissores, o amor é descrito como fenômeno neurológico. Mas quem ama? Quem sofre, espera e sonha? Há uma presença silenciosa por trás da matéria — o Espírito — que observa e participa do próprio enigma que a ciência tenta traduzir. Assim, enquanto a ciência explica o como da vida, cabe ao Espírito responder o quem — esse sujeito invisível que transforma a química em emoção e o impulso biológico em gesto de eternidade.

UM POUCO DE CHICO XAVIER POR SUELY CALDAS SCHUBERT - PARTE II

  6. Sobre o livro Testemunhos de Chico Xavier, quando e como a senhora contou para ele do que estava escrevendo sobre as cartas?   Quando em 1980, eu lancei o meu livro Obsessão/Desobsessão, pela FEB, o presidente era Francisco Thiesen, e nós ficamos muito amigos. Como a FEB aprovou o meu primeiro livro, Thiesen teve a ideia de me convidar para escrever os comentários da correspondência do Chico. O Thiesen me convidou para ir à FEB para me apresentar uma proposta. Era uma pequena reunião, na qual estavam presentes, além dele, o Juvanir de Souza e o Zeus Wantuil. Fiquei ciente que me convidavam para escrever um livro com os comentários da correspondência entre Chico Xavier e o então presidente da FEB, Wantuil de Freitas 5, desencarnado há bem tempo, pai do Zeus Wantuil, que ali estava presente. Zeus, cuidadosamente, catalogou aquelas cartas e conseguiu fazer delas um conjunto bem completo no formato de uma apostila, que, então, me entregaram.

TRÍPLICE ASPECTO: "O TRIÂNGULO DE EMMANUEL"

                Um dos primeiros conceitos que o profitente à fé espírita aprende é o tríplice aspecto do Espiritismo – ciência, filosofia e religião.             Esse conceito não se irá encontrar em nenhuma obra da codificação espírita. O conceito, na realidade, foi ditado pelo Espírito Emannuel, psicografia de Francisco C. Xavier e está na obra Fonte de Paz, em uma mensagem intitulada Sublime Triângulo, que assim se inicia:

RECORDAR PARA ESQUECER

    Por Marcelo Teixeira Esquecimento, portanto, como muitos pensam, não é apagamento. É resolver as pendências pretéritas para seguirmos em paz, sem o peso do remorso ou o vazio da lacuna não preenchida pela falta de conteúdo histórico do lugar em que reencarnamos reiteradas vezes.   *** Em janeiro de 2023, Sandra Senna, amiga de movimento espírita, lançou, em badalada livraria de Petrópolis (RJ), o primeiro livro; um romance não espírita. Foi um evento bem concorrido, com vários amigos querendo saudar a entrada de Sandra no universo da literatura. Depois, que peguei meu exemplar autografado, fui bater um papo com alguns amigos espíritas presentes. Numa mesa próxima, havia vários exemplares do primeiro volume de “Escravidão”, magistral e premiada obra na qual o jornalista Laurentino Gomes esmiúça, com riqueza de detalhes, o que foram quase 400 anos de utilização de mão de obra escrava em terras brasileiras.

A ESTUPIDEZ DA INTELIGÊNCIA: COMO O CAPITALISMO E A IDIOSSUBJETIVAÇÃO SEQUESTRAM A ESSÊNCIA HUMANA

      Por Jorge Luiz                  A Criança e a Objetividade                Um vídeo que me chegou retrata o diálogo de um pai com uma criança de, acredito, no máximo 3 anos de idade. Ele lhe oferece um passeio em um carro moderno e em um modelo antigo, daqueles que marcaram época – tudo indica que é carro de colecionador. O pai, de maneira pedagógica, retrata-os simbolicamente como o amor (o antigo) e o luxo (o novo). A criança, sem titubear, escolhe o antigo – acredita-se que já é de uso da família – enquanto recusa entrar no veículo novo, o que lhe é atendido. Esse processo didático é rico em miríades que contemplam o processo de subjetivação dos sujeitos em uma sociedade marcada pela reprodução da forma da mercadoria.

ALLAN KARDEC, O DRUIDA REENCARNADO

Das reencarnações atribuídas ao Espírito Hipollyte Léon Denizard Rivail, a mais reconhecida é a de ter sido um sacerdote druida chamado Allan Kardec. A prova irrefutável dessa realidade é a adoção desse nome, como pseudônimo, utilizado por Rivail para autenticar as obras espíritas, objeto de suas pesquisas. Os registros acerca dessa encarnação estão na magnífica obra “O Livro dos Espíritos e sua Tradição História e Lendária” do Dr. Canuto de Abreu, obra que não deve faltar na estante do espírita que deseja bem conhecer o Espiritismo.

"FOGO FÁTUO" E "DUPLO ETÉRICO" - O QUE É ISSO?

  Um amigo indagou-me o que era “fogo fátuo” e “duplo etérico”. Respondi-lhe que uma das opiniões que se defende sobre o “fogo fátuo”, acena para a emanação “ectoplásmica” de um cadáver que, à noite ou no escuro, é visível, pela luminosidade provocada com a queima do fósforo “ectoplásmico” em presença do oxigênio atmosférico. Essa tese tenta demonstrar que um “cadáver” de um animal pode liberar “ectoplasma”. Outra explicação encontramos no dicionarista laico, definindo o “fogo fátuo” como uma fosforescência produzida por emanações de gases dos cadáveres em putrefação[1], ou uma labareda tênue e fugidia produzida pela combustão espontânea do metano e de outros gases inflamáveis que se evola dos pântanos e dos lugares onde se encontram matérias animais em decomposição. Ou, ainda, a inflamação espontânea do gás dos pântanos (fosfina), resultante da decomposição de seres vivos: plantas e animais típicos do ambiente.

A VIDA EM OUTROS MUNDOS COMO PRINCÍPIO ESPÍRITA

Por Sérgio Aleixo (*) Ressaltam a seu favor, os que reclamam atualizações doutrinárias, a dita de Kardec que afirma que, se uma verdade nova se revela, o espiritismo a aceita; todavia, omitem a condição estabelecida pelo mestre para que tal ocorra. De ordem física ou metafísica, novos informes que venham a integrar-lhe o cômputo de ensinos, necessariamente, já se devem encontrar no “estado de verdades práticas e saídas do domínio da utopia, sem o que o espiritismo se suicidaria”.[1] E essa praticidade consiste em quê? Análises rigorosamente filosóficas respaldadas, quanto possível, em pesquisas demonstradamente científicas. Tal é o espírito da doutrina. Leia-se mais atentamente a nota ao n. 188 de O Livro dos Espíritos: “De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos”.