quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

CARNAUBEIRA

 




À margem das estradas, sobranceira,

Vigilante e plácida, a contemplar

Os transeuntes nas noites de luar,

Ao ver-te, deslumbro-me, carnaubeira.

 

Vivaz e esperançosa a vida inteira,

Teu desejo é querer os céus tocar...

Como quem tem vontade de voar,

Tu farfalhas nas palmas, altaneira.

 

Carnaubeira, toda vez que te vejo,

Eu penso ser o teu o meu desejo,

O mesmo sonho grande de subir.

 

E como tu, que és presa à terra ingrata,

Sofro a mesma ânsia que me maltrata,

Mas, como tu, nunca vou desistir!

 

Inspirado no ambiente da Casa Espírita Irmã Dália, Várzea da Cobra, Forquilha, onde, a casa em si, encontra-se entre carnaubeiras e comunga com elas, mirando o céu, em prece ininterrupta, o desejo de ascensão...

 

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