Pular para o conteúdo principal

PARÁBOLA DOS TALENTOS E A REENCARNAÇÃO



A “Pluralidade das Vidas Sucessivas”, o “Nascer de Novo” ou a Doutrina da Reencarnação, anunciada por Jesus e perfeitamente explicada hodiernamente pelo Espiritismo, já era do conhecimento dos apóstolos e ignorada pelo povo em geral, como afirmou o Mestre: “Porque a vós outros é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas àqueles não lhes é isso concedido” (1). Disse, igualmente: “Bem-aventurados, porém, os vossos olhos, porque veem; e os vossos ouvidos, porque ouvem. Pois em verdade vos digo que muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes e não viram; e ouvir o que ouvis e não ouviram (2).

O motivo de o Cristo não divulgar ensinamentos mais profundos está no fato de a humanidade de então não estar ainda preparada para recebê-los devido ao intenso atraso evolutivo, tanto espiritual quanto científico, do qual eram portadores: “Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem, nem entendem” (3).


Certamente se Jesus abordasse claramente os chamados “segredos dos céus” para criaturas despreparadas espiritualmente, a reação seria de acentuado descrédito, com reações desfavoráveis e equivocadas, podendo até serem agressivas e zombeteiras, acarretando sentimentos de culpa e de remorso, no período “post-mortem”, na dimensão extrafísica, exigindo reparação dolorosa, no futuro, através do “nascer de novo” (4): “Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem, até o que tem lhe será tirado” (5).

Na Parábola dos Talentos (6), o Mestre aborda o fato de um homem que, em se preparando para sair do seu país, chamou seus servos e entregou-lhes todos os seus bens. A um deu cinco talentos, dois a outro, e um ao terceiro, cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida, partiu para sua viagem.

Na interpretação literal, sob à “letra que mata”, o ensinamento tem significado bem material, versando sobre investimento financeiro e até tem quem entenda que deva haver sucesso nos negócios, envolvendo a prática religiosa. Importante frisar que o Cristo fez menção ao talento, moeda forte, a mais utilizada da época.



Reencarnação na Parábola dos Talentos

Na apreciação espiritual, de acordo com o “Espírito que testifica”, Jesus se refere às inúmeras oportunidades concedidas por Deus, através das inúmeras reencarnações, para que os seus filhos espirituais cresçam e se melhorem, em conformidade com a habilidade ou dinamismo de cada um, isto é, consoante ao grau de evolução de que são portadores.

Alguns reencarnam com o dom do exercício da medicina. Outros vêm com aptidão para as artes plásticas ou para a música. Muitos apresentam exuberância do intelecto ou ostentam perfeita saúde. As dádivas podem ser as riquezas, o uso vivaz das funções sexuais e de todos os sentidos, como igualmente o recebimento de dons espirituais.

De acordo com a Parábola, o servo que recebeu um talento, cavou a terra e escondeu a moeda, ao contrário dos outros dois trabalhadores que conseguiram multiplicar os bens recebidos de seu senhor. Depois de muito tempo, retornando a suas terras, o homem vem ajustar as contas e aos dois primeiros servos profere palavras de contentamento por terem aumentado os talentos. Contudo, ao improfícuo trabalhador lhe foi dito: “Porque a todo o que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas ao que não tem, até o que tem lhe será tirado (7).

Portanto, todos aqueles que, tendo inúmeras oportunidades em vivências pretéritas, na carne, de reformarem-se espiritualmente, falham, tudo o que têm lhes é tirado por causa das experiências baldadas que viveram. Quando retornarem à dimensão física, nada mais lhes será dado, até que aprendam a utilizar para o bem os seus dons.

O pouco que tinham lhes foi arrebatado, resultando daí uma reencarnação expiatória, precedida, igualmente, de intenso sofrimento na dimensão extrafísica: “E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (8). O sofrimento, na arena extrafísica, é resultante de vivência reencarnatória anterior improdutiva sem a frutescência dos “talentos” recebidos. O erudito Carlos Torres Pastorino ressalta, com muita propriedade, que “foi-lhes tirado o pouco que tinham, o talento que em outra vida lhes fora dado, porque lá o deixaram sem frutificar. Agora estão desarmados. Não por castigo nem por vingança, mas porque eles mesmos desgastaram sua matéria-prima (9).



 Espíritas falidos no “Inferno Eterno”

Para muitos seres são oferecidas oportunidades grandiosas de crescimento espiritual, haja visto à dedicação ao sacerdócio, ao ministério pastoral e ao mediunismo, e, infelizmente, muitos erram acentuadamente. Exemplificando, em o livro espírita Os Mensageiros, psicografado pelo saudoso Chico Xavier, o espírito de André Luiz relata as experiências dolorosas, no plano espiritual, sofridas por irmãos que reencarnaram enriquecidos de bênçãos, no campo da mediunidade, e que retornaram ao além-túmulo em condições lastimáveis. Um verdadeiro “inferno de consciência” os oprimia, por não terem aproveitado a grande oportunidade da multiplicação dos "talentos" recebidos. Retornaram à dimensão imortal de mãos vazias, sem sentirem a presença de Deus dentro de si mesmos (10).

Esse estado de consciência inferior é citado, nos Evangelhos, em imagem simbólica, em sentido figurado, como "fogo eterno". Realmente, o tormento sentido pelo espírito, já desencarnado e sem a limitação do tempo próprio do mundo físico, tem a aparência ou ilusão de ser eterno (tempo indeterminado), de algo que não terá fim, que nunca mais terminará. Esse sofrimento, representado por "fogo", emblema das torturas morais que parecem consumir as criaturas, mergulhadas que estão no inferno do remorso, tem finalidade corretiva e, no renascimento na carne, terão a chance de ressarcir suas faltas, expurgar seus débitos, sob a determinação dolorosa da expiação.



                             Intelectuais fracassados

Quantos seres receberam “talentos” significativos, no campo do relacionamento social, revelando exuberante carisma e com extrema facilidade para estabelecer relações afetivas, sendo líderes religiosos, políticos atuantes, escritores fecundos, professores habilidosos e, lamentavelmente, fazem mau uso das faculdades intelectivas, sem a preocupação de ajudar o próximo, assoberbados de vantagens pessoais e preocupados apenas com o seu próprio bem-estar, apresentando-se como falsos líderes, ludibriando a muitos, mas não conseguindo enganar a si próprios!

Diuturnamente, utilizam o disfarce, o engodo, o fingimento, dissimulando as emoções para manter suas posições sociais abastadas, no campo do poder social, empregando a aparência enganadora, cobrindo com uma máscara psicológica a sua verdadeira personalidade, representando uma personagem falsa, enganando os circunstantes para auferir vantagens.

No tribunal de sua própria consciência, receberão a pena devida: “Até o pouco que têm lhes será tirado”. Retornam à arena somática, portando déficits cognitivos severos, associados às profundas alterações no inter-relacionamento social. “Sofrem da insuficiência dos meios de que dispõem para se comunicar” (11). “É uma expiação decorrente do abuso que fizeram de certas faculdades” (12). São os casos dos que reencarnam com grave deficiência intelectual, inclusive os portadores de transtorno de desenvolvimento autista.



A Responsabilidade é Pessoal: “A cada um Segundo as suas Obras” (Mateus 16:27)                                      

Somente a doutrina da reencarnação, estampada na Parábola dos Talentos, pode explicar o fato de um indivíduo de um sexo, por exemplo, sentir-se como do sexo oposto. A crença em uma só vivência física traria incredulidade e insatisfação para todos os que passam por essas e outras expiações, decorrentes da atividade genésica irregular no pretérito, quando depreciaram o talento da sexualidade.

Quantos nascem mutilados, portadores de defeitos físicos congênitos que construíram o presente doloroso às custas dos erros causados contra si mesmos, em encarnações passadas, conforme o Mestre Jesus alude, clamando: “Se, pois, a tua mão ou o teu pé te fizer tropeçar, corta-o, lança-o de ti; melhor te é entrar na vida aleijado, ou coxo, do que, tendo duas mãos ou dois pés, ser lançado no fogo eterno” (13).

Tiveram oportunidades valiosas no campo da beleza e da saúde e menosprezaram esses “talentos”, ocasionando tropeços conforme menciona o ensinamento, acarretando, na carne, problemas expiatórios no campo da estética e da anatomia.

“Se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti; melhor é entrares na vida com um só dos teus olhos do que, tendo dois, seres lançado no inferno de fogo” (14).

Pode o indivíduo reparar seus equívocos cometidos no passado, reencarnando sem os globos oculares, uma malformação ou anomalia congênita denominada anoftalmia, cuja consequência é a cegueira irreversível.

Quantas mulheres na vida atual são estéreis, por causa do menosprezo à bênção divina da maternidade no pretérito!

Quantos órfãos trilhando, na presente existência, na ausência do calor dos pais, o caminho errado que seguiram, no pretérito, como filhos rebeldes e intolerantes, produzindo prejuízo moral ou físico a seus pais!

Quantos seres passando a vida em isolamento e solidão, largados em asilos ou casas de repouso, recebendo, no presente, o mesmo desapreço, a mesma indiferença que sentiram para com outrem no passado!

Não existe castigo divino, o indivíduo que passa pela expiação é o único responsável pelo seu infortúnio, desde que o mal criado por ele, nele finca suas raízes. Sua vestimenta espiritual se macula, não se apresentando com a “veste nupcial”, apontada por Jesus, na Parábola das Bodas (15). Contudo, “Deus é Amor” e o infrator não sairá da prisão interior, “enquanto não pagar o último centavo” (16), através das inúmeras oportunidades na dimensão física, nascendo de novo, por meio da “pluralidade das existências” ou reencarnação.

O homem em sua vivência atual é herdeiro de si mesmo, corrigindo o seu passado e construindo com sua própria vontade o venturoso amanhã.

Como é gratificante sentir-se amado por um majestoso Pai, concedendo a todos os seus filhos benditos o ensejo grandioso da redenção espiritual.



Bibliografia (Versículos bíblicos da Versão Revista e Atualizada de Almeida):

    Mateus 13:11;  2- Mateus 13:16-17; 3- Mateus 13:13; 4- João 3: 7; 5- Mateus 13:12; 6- Evangelho de Mateus (25:14-30); 7- Mateus 25:29; 8- Mateus 25:30; 9- Carlos Torres Pastorino, Sabedoria do Evangelho, Revista Sabedoria, volume 6, pág. 136;  10-  Os Mensageiros, Espírito de André Luiz, FEB, capítulos 7 e 8, págs. 47-53; 11- O Livro dos Espíritos - Questão 371, FEB; 12- O Livro dos Espíritos - Questão 373, FEB; 13- Mateus 18:8; 14- Mateus 18:9; 15- Mateus 22:11; 16- Mateus 5:26.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

“TUDO O QUE ACONTECER À TERRA, ACONTECERÁ AOS FILHOS DA TERRA.”

    Por Doris Gandres Esta afirmação faz parte da carta que o chefe índio Seattle enviou ao presidente dos Estados Unidos, Franklin Pierce, em 1854! Se não soubéssemos de quem e de quando é essa declaração poder-se-ia dizer que foi escrita hoje, por alguém com bastante lucidez para perceber a interdependência entre tudo e todos. O modo como vimos agindo na nossa relação com a Natureza em geral há muitos séculos, não apenas usando seus recursos, mas abusando, depredando, destruindo mananciais diversos, tem gerado consequências danosas e desastrosas cada vez mais evidentes. Por exemplo, atualmente sabemos que 10 milhões de toneladas de plásticos diversos são jogadas nos oceanos todo ano! E isso sem considerar todas as outras tantas coisas, como redes de pescadores, latas, sapatos etc. e até móveis! Contudo, parece que uma boa parte de nós, sobretudo aqueles que priorizam seus interesses pessoais, não está se dando conta da gravidade do que está acontecendo...

NÃO SÃO IGUAIS

  Por Orson P. Carrara Esse é um detalhe imprescindível da Ciência Espírita. Como acentuou Kardec no item VI da Introdução de O Livro dos Espíritos: “Vamos resumir, em poucas palavras, os pontos principais da doutrina que nos transmitiram”, sendo esse destacado no título um deles. Sim, porque esse detalhe influi diretamente na compreensão exata da imortalidade e comunicabilidade dos Espíritos. Aliás, vale dizer ainda que é no início do referido item que o Codificador também destaca: “(...) os próprios seres que se comunicam se designam a si mesmos pelo nome de Espíritos (...)”.

A FÉ COMO CONTRAVENÇÃO

  Por Jorge Luiz               Quem não já ouviu a expressão “fazer uma fezinha”? A expressão já faz parte do vocabulário do brasileiro em todos os rincões. A sua história é simbiótica à história do “jogo do bicho” que surgiu a partir de uma brincadeira criada em 1892, pelo barão João Batista Viana Drummond, fundador do zoológico do Rio de Janeiro. No início, o zoológico não era muito popular, então o jogo surgiu para incentivar as visitas e evitar que o estabelecimento fechasse as portas. O “incentivo” promovido pelo zoológico deu certo, mas não da maneira que o barão imaginava. Em 1894, já era possível comprar vários bilhetes – motivando o surgimento do bicheiro, que os vendia pela cidade. Assim, o sorteio virou jogo de azar. No ano seguinte, o jogo foi proibido, mas aí já tinha virado febre. Até hoje o “jogo do bicho” é ilegal e considerado contravenção penal.

"ANDA COM FÉ EU VOU..."

  “Andá com fé eu vou. Que a fé não costuma faiá” , diz o refrão da música do cantor Gilberto Gil. Narra a carta aos Hebreus que a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. Cremos que fé é a certeza da aquisição daquilo que se tem como finalidade.

JESUS TEM LADO... ONDE ESTOU?

   Por Jorge Luiz  A Ilusão do Apolitismo e a Inerência da Política Há certo pedantismo de indivíduos que se autodenominam apolíticos como se isso fosse possível. Melhor autoafirmarem-se apartidários, considerando a impossibilidade de se ser apolítico. A questão que leva a esse mal entendido é que parte das pessoas discordam da forma de se fazer política, principalmente pelo fato instrumentalizado da corrupção, que nada tem do abrangente significado de política. A política partidária é considerada quando o indivíduo é filiado a alguma agremiação religiosa, ou a ela se vincula ideologicamente. Quanto ao ser apolítico, pensa-se ser aquele indiferente ou alheio à política, esquecendo-se de que a própria negação da política faz o indivíduo ser político.

A HISTÓRIA DA ÁRVORE GENEROSA

                                                    Para os que acham a árvore masoquista Ontem, em nossa oficina de educação para a vida e para a morte, com o tema A Criança diante da Morte, com Franklin Santana Santos e eu, no Espaço Pampédia, houve uma discussão fecunda sobre um livro famoso e belo: A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (Editora Cosac Naify). Bons livros infantis são assim: têm múltiplos alcances, significados, atingem de 8 a 80 anos, porque falam de coisas essenciais e profundas. Houve intensa discordância quanto à mensagem dessa história, sobre a qual já queria escrever há muito. Para situar o leitor que não leu (mas recomendo ler), repasso aqui a sinopse do livro: “’...

FUNDAMENTALISMO AFETA FESTAS JUNINAS

  Por Ana Cláudia Laurindo   O fundamentalismo religioso tenta reconfigurar no Brasil, um país elaborado a partir de projetos de intolerância que grassam em pequenos blocos, mas de maneira contínua, em cada situação cotidiana, e por isso mesmo, tais ações passam despercebidas. Eles estão multiplicando, por isso precisamos conhecer a maneira com estas interferências culturais estão atuando sobre as novas gerações.

O AUTO-DE-FÉ E A REENCARNAÇÃO DO BISPO DE BARCELONA¹ (REPOSTAGEM)

“Espíritas de todos os países! Não esqueçais esta data: 9 de outubro de 1861; será marcada nos fastos do Espiritismo. Que ela seja para vós um dia de festa, e não de luto, porque é a garantia de vosso próximo triunfo!”  (Allan Kardec)             Por Jorge Luiz                  Cento e sessenta e três anos passados do Auto-de-Fé de Barcelona, um dos últimos atos do Santo Ofício, na Espanha.             O episódio culminou com a apreensão e queima de 300 volumes e brochuras sobre o Espiritismo - enviados por Allan Kardec ao livreiro Maurice Lachâtre - por ordem do bispo de Barcelona, D. Antonio Parlau y Termens, que assim sentenciou: “A Igreja católica é universal, e os livros, sendo contrários à fé católica, o governo não pode consentir que eles vão perverter a moral e a religião de outros países.” ...