Ao atingirmos o estágio humano, na Criação,
graças a uma inteligência maior, a criadora e mantenedora, contando com a
essência ou princípio da vida, doado a todos os seres vivos, é-nos atribuída a
missão de desenvolver as capacidades desse princípio, à vista de um livre
arbítrio que nos é legado, para que com ele possamos adquirir os méritos para a
natural transcendência a que somos destinados.
Dentre essas capacidades, se sobressai a
inteligência, diferenciada da dos demais seres vivos, pois herdada da fonte
criadora e com a qual haveremos de buscar a verdade espiritual, alcançável pelo
esforço e pela obediência às Divinas Leis.
Stefhen R. Covey, no seu livro: “O
oitavo hábito”, referido por Benedicto Ismael Camargo Dutra, em “Nola – o manuscrito que abalou o mundo, fala
das quatro inteligências: a mental, a física, a emocional e a espiritual.
A
Inteligência Mental (QI) é a capacidade de analisar, raciocinar, pensar
abstratamente, usar a linguagem, visualizar, entender. A Inteligência Física
(QF) é aquilo que o corpo faz funcionar sem nenhum esforço consciente, como o
sistema respiratório, circulatório, nervoso e outros. A Inteligência Emocional
(QE) é o autoconhecimento, a autoconsciência. A intuição dirá à mente pensante
para onde olhar e seguir e finalmente a Inteligência Espiritual (QS) representa
nosso impulso em busca de conexão com algo maior e mais digno de confiança que
o nosso ego.
A Mental, entendo, é a inteligência que nos
distingue dos outros animais, pela capacidade de analisar, pensar racionalmente
e com o auxílio dos sentidos comuns a todos expressar em linguagem própria o
que visualizou e entendeu. A Física, não depende de maior desenvolvimento da
percepção ou da memória, pois é comum a todos os viventes. A Emocional, é
impulsionada pelo instinto e embasada no conhecimento e no nível de percepção
já adquiridos e por fim a Espiritual, é a compreensão que transcende o
entendimento puramente humano e busca horizontes mais iluminados e pode antever
algo diferente e onde pode estar a razão e a finalidade da existência, uma
Verdade.
É uma Verdade somente alcançável através de
Caminhos, Instrumentos, Escolhas e Vontade. Os caminhos que os homens têm
criado estão quase sempre representados nas Instituições entre eles surgidas,
seja pela carência natural de agregação, de defesa, de sobrevivência ou de
satisfação das intuições mais profundas do ser, na compreensão da Natureza
Divina. Os Instrumentos estão no próprio corpo, a mover-se para trilhar os
caminhos, evitando os precipícios e se constituindo no invólucro capaz de
vencer os desafios.
Assim é que surgiram os clãs, as comunidades,
os Estados, as nações e nestas as diversas associações ou organizações, seja
civil, militar, religiosa, esotérica ou outras, representando os sentimentos e
as necessidades da ordem, da defesa, da sobrevivência e da espiritualidade,
sobretudo.
Nas escolhas firmamos o nosso futuro,
representado pela paz, a harmonia, a saúde e todos os elementos necessários à felicidade,
terrena e celestial ou pela desarmonia, desequilíbrio, moléstias e toda sorte
de sofrimentos, naturalmente atraídos pela nossa conduta, obediente ou rebelde,
movidos pela vontade e atitude imprescindível a selar nosso destino, venturoso
ou infeliz.
Referências Bibliográficas
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