segunda-feira, 17 de maio de 2021

BRASIL: ÓDIO RELIGIOSO E POLÍTICA

 


Onde está nosso centro, ali estará nosso equilíbrio, embora já não possamos garantir por quanto tempo estaremos centrados, haja vista a imensidão de chamados, os ruídos e os impactos de um convívio social cada vez mais agressivo estejam nos abordando a cada encontro com o outro.

Moramos no país da discórdia, que ora assume as feições mais repugnantes no ninho branco do cristofascismo.

A política e a religião estão utilizando os ingredientes da força para gerar um treva espessa em benefício dos privilegiados, enriquecendo ainda mais os bilionários e catequizando as gerações no afã da guerra interna, na qual todos morremos para que uma ideologia autoritária sobreviva.

Como reagir a esta sentença?

Os profetas clamaram pela liberdade desde o tempo no qual era preciso se alimentar de gafanhoto e mel, na clausura das montanhas, por incompatibilidade com os despudores do poder.

Desde o princípio, foi política e economia, mando e silenciamento das vozes da vida, sob a batuta violenta do instituído.

Não será no temor da solidão e no medo do descontentamento que encontraremos a fantasiada paz, pois estamos em tempos de guerra. Toda guerra persegue poder político e econômico, pois estas chaves prendem vidas e subjugam corpos e mentes nas necessidades forjadas.

A batalha não é espiritual, é política!

O bem não veste etiqueta de luxo, pois luxuoso é ser humanitário, e nestas paragens os bem vestidos já podem ser compreendidos como sepulcros caiados.

O mal não mora com a pobreza e há eras frequenta salões engalonados. O mal está no proceder das políticas letais, disfarçadas em sorrisos e discursos, entre aplausos e seduções de consumo, seu império cresce.

Não temos inimigos encantados, o que nos falta é corrigir a distopia ensinada. Temer a maldade será reconsiderar um sistema de crenças violento que impera entre os bem pagos, para domesticar explorados.

Pisamos no solo da discórdia, os príncipes malditos e as potestades constroem caminhos de ódio, enlameiam o nome sagrado em suas pulsões de morte e chamam irmãos de comunistas, esquerdistas, carniça, no depauperado reino do individualismo religioso/classista.

Não é tempo de dizer amém.

 

Um comentário:

  1. É importantíssimo trazer esse assunto à baila para que possamos tirar esse caráter religioso da política partidária.
    Só assim conseguiremos analisar a política como ela realmente é.

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