sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

UM TESTE PARA O NATAL



              





              Anunciando o nascimento de Jesus, os anjos prometem paz aos homens, mas há uma condição: A boa vontade. Será que estamos a exercitá-la?
            Convido você, amigo leitor, a participar comigo de um teste singelo. Vamos verificar como anda a boa vontade em nós. Há duas opções, envolvendo várias situações.
            1 –      O cônjuge nos pede maior empenho em manter a ordem na casa.
            a) Proclamamos imediatamente que é o roto reclamando do rasgado e logo passamos a apontar suas falhas;
            b) admitimos que andamos descuidados e prometemos melhorar.

            2 – O filho vai mal na escola. Reclamam de seu comportamento. As notas são baixas.
            a) Aplicamos-lhe uma surra inesquecível e o proibimos de ver televisão durante um mês.  Avisamos que é apenas uma amostra do que virá se não melhorar o desempenho.
            b) Vamos à escola. Procuramos saber o que está acontecendo. Dialogamos com o filho, buscando ajudá-lo a superar suas dificuldades ou vencer sua desmotivação. Passamos a acompanhá-lo nos deveres escolares.
3 – O pobre bate à nossa porta.
a) Tratamos de despachá-lo logo, estendendo-lhe alguns trocados ou repetindo o surrado hoje não tem nada.
b) Conversamos com ele, analisando suas necessidades para uma ajuda efetiva.
            4 – Na casa vizinha acontece uma briga monumental. As pessoas gritam a plenos pulmões, xingam-se, dizem palavrões… Pratos voam.
            a) Proclamamos que constituem uma cambada de doidos mal educados, que deveriam morar em ilha deserta. Pensamos em chamar a polícia.
            b) Incluímos nossos vizinhos em nossas preces, sem comentários desairosos, reconhecendo que seu lar está com sérios problemas espirituais.
            5 – O patrão nos critica quanto à maneira de conduzir nossas tarefas.
            a) Ouvimos em silêncio, considerando que a crise anda brava e não queremos perder o emprego, mas, intimamente, ficamos possessos. Vibramos de intensa raiva, desejando, ardentemente, que ele vá para o diabo que o carregue ou que seja atropelado por um trem.
            b) Admitimos que devemos amarrar o burro onde o patrão manda e tratamos de fazer o melhor, sem nos agastarmos com ele.
            6 –      Um subordinado incorre em falhas.
            a) Irritamo-nos e o advertimos diante de seus colegas, ameaçando-o com severas sanções. Damos a entender que poderá ser demitido.
            b) Conversamos com ele em particular, procurando orientá-lo com serenidade, sem humilhá-lo ou amedrontá-lo.
            7 –      Um conhecido passa por nós e não responde ao nosso cumprimento.
            a) Ficamos ofendidos.  Sujeitinho orgulhoso! Pensa que tem um rei na barriga! E nos propomos a nunca mais olhar na sua cara.     
b) Consideramos que certamente não nos viu ou estava distraído. De pronto apagamos o episódio de nossa mente, sem solenizar o assunto.
8 – O motorista, em excesso de velocidade, comete uma imprudência. Quase envolve nosso carro num acidente de graves proporções.
a) Homenageamos a senhora sua mãe, atribuindo-lhe aquela profissão pouco recomendável. E torcemos para que se arrebente na primeira curva.
b) Agradecemos a Deus não ter acontecido nada de mal, e pedimos aos bons Espíritos que o inspirem a ser prudente, evitando acidentes.
            9 – Num grupo começam a falar mal de pessoa ausente.
            a) Botamos lenha na fogueira, dizendo que é tudo o que dizem e muito mais.
            b) Neutralizamos as críticas, lembrando aspectos positivos de seu comportamento.
            10 – Aquele que faz uso da palavra, no culto religioso, estende-se além do razoável, tornando-se prolixo e repetitivo. 
            a) Ficamos impacientes, olhando a cada momento o relógio, fuzilando o pobre com nosso olhar e torcendo para que providencial afonia encerre sua lengalenga.
            b) Presumimos que ele está com dificuldade para arrumar as ideias e conduzir a palestra. Tratamos e ajudá-lo com vibrações de simpatia e boa vontade.
            Bem, caro leitor, se você andou transitando pela alternativa a, a boa vontade anda precária.
            Se optou, em maioria, pela b, parabéns!
            Você está entendendo o espírito do Natal, nos caminhos abençoados da boa vontade e certamente está em paz.

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