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COMO FUNDAR UM CENTRO ESPÍRITA - PARTE IV







Por Francisco Castro (*)

  1. – Qualquer pessoa pode ser um trabalhador do CE?

O Centro Espírita, como escola de formação espiritual e moral, só deve considerar na condição de trabalhador, aqueles que participem ativamente das atividades de estudo da Doutrina e demonstrem estar “esforçando-se por fazer o bem e coibir os seus maus pendores”.
  1. – Qual a melhor maneira de formar trabalhadores para o CE?

A experiência tem demonstrado que a melhor forma de preparar trabalhadores para a Casa Espírita é através das reuniões de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita e de Grupos de Estudo da Mediunidade. Através do estudo prepara-se para o trabalho, sempre se levando em consideração a aptidão de cada um.

  1. – É obrigatório um CE ter reunião mediúnica?

No item 347 de O Livro dos Médiuns, encontramos a resposta para essa pergunta:

“Os grupos recém criados se vêm, às vezes, tolhidos em seus trabalhos por falta de médiuns. (...) Sem dúvida, os que se reúnem apenas com o fim de realizar experimentações não podem, sem médiuns, fazer mais do que fazem músicos, num concerto, sem instrumentos. Porém os que objetivam o estudo sério, a esses se deparam mil assuntos com que se ocupem, tão úteis e proveitosos como se pudessem operar por si mesmos. (...) As sociedades espíritas devem fazer o mesmo e grande proveito tirarão daí para o seu progresso, instituindo conferências em que seja lido e comentado tudo o que diga respeito ao Espiritismo, pró ou contra. (...) Garantimos que uma sociedade espírita, cujos trabalhos se mostrassem organizados nesse sentido, munida ela dos materiais necessários a executá-los, não sobraria tempo bastante para consagrar às comunicações diretas dos Espíritos.”(Grifamos).
É sempre bom lembrar que um Centro Espírita só deve iniciar reuniões mediúnicas depois que disponha de um grupo de médiuns devidamente esclarecidos e com suficiente conhecimento da Doutrina Espírita.
  1. – Deve-se cobrar alguma contribuição dos frequentadores do CE?

A título de resposta a essa questão transcreveremos algumas palavras do Codificador aos espíritas de Lyon e Bordeaux, extraídas do Livro Viagens Espíritas em 1862, da Casa Editora O Clarim – 2ª edição em língua portuguesa, p.52:

“É evidente que não se pode considerar uma exploração a mensalidade que se paga a uma sociedade, para que enfrente as despesas de sua manutenção. Outrossim, a mais vulgar equidade diz que não se pode impor esse gasto a pessoas que não dispõem de possibilidades financeiras ou de tempo de frequência contínua como associados. A especulação consiste em se fazer uma indústria da situação, em convocar o primeiro que surge, curioso ou indiferente, para exigir o seu dinheiro. Uma sociedade que assim agisse, seria tão repreensível ainda, do que o indivíduo, e não mereceria nenhuma confiança. Uma entidade espírita deve prover às suas necessidades; ela deve dividir entre todos as suas despesas e nunca lançá-las aos ombros de um só. Isto é justo, e não existe neste critério nem exploração, nem especulação.”(Grifamos)

Embora o texto de Kardec seja autoexplicativo, podemos acrescentar que, a partir de três meses de frequência contínua ou intermitente, já se pode convidar um frequentador a se tornar um sócio colaborador, depois de um ano essa pessoa já pode se tornar, se quiser, sócio efetivo da instituição. A contribuição mínima deve ser fixada em função das necessidades da casa, mas a pessoa é livre para, se puder, contribuir com mais, de acordo com as suas possibilidades. Todos os sócios colaboradores ou efetivos além da contribuição financeira devem colaborar também com trabalho, mas aqueles que não puderem contribuir financeiramente devem dar sua contribuição pessoal através do trabalho, porque isso representa uma oportunidade da pessoa se sentir útil.
 5 - Que atividades são incompatíveis com as finalidades do CE?
Mais uma vez, antes de darmos a resposta à pergunta, vamos transcrever mais um trecho daquele célebre discurso de Allan Kardec aos espíritas de Lyon e Bordeaux, extraídos do mesmo Livro Viagens Espíritas em 1862, publicado pela Casa Editora O Clarim:

“Aqueles, pois, que se queixarem de ter sido enganados, ou de não haver obtido as respostas que desejariam, podemos dizer: ‘Se tivésseis estudado o Espiritismo, saberíeis em que condições ele pode ser experimentado com frutos; saberíeis quais são os legítimos motivos de confiança e de desconfiança, o que, em suma, se pode esperar; e não teríeis ido consultar um médium como a um cartomante, para solicitar aos Espíritos revelações, conselhos sobre heranças, descobertas de tesouros e cem outras coisas semelhantes que não são da alçada do Espiritismo’.”(Grifamos)

Aproveitamos para transcrever alguns itens das Recomendações Gerais do Livro Orientação ao Centro Espírita, publicação da FEB, de atividades desaconselhadas a sua prática em uma instituição espírita:

-          “Desaprovar o emprego de rituais, imagens ou símbolos de qualquer natureza nas sessões;”
-          “Desaprovar a conservação de retratos, quadros, legendas ou quaisquer objetos que possam ser tidos na conta de apetrechos para ritual, tão usados em diversos meios religiosos;”
-          “Banir dos templos espíritas as cerimônias que, em nome da Doutrina, visem a consagração de esponsais ou nascimentos e outras práticas estranhas à Doutrina, tais como velórios e encomendações, colação de grau, etc.”
-          “Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade;”
Dentre outras que o bom senso indicar.

6.      – Um CE deve manter reuniões de cura?

A cura do corpo é objeto das preocupações das Ciências Médicas e não da Ciência Espírita. O Espiritismo objetiva a que as pessoas se tornem boas e não a lhes curar as feridas do corpo. O hospital que é o Centro Espírita é um hospital de almas, e não no sentido convencional do termo. O corpo pode até ficar bom, mas se o espírito não se tornar bom, de nada vai lhe adiantar ter um corpo são.
Nas atividades recomendadas pelo Conselho Federativo Nacional aos Centros Espíritas não se encontra esse tipo de atividade, no entanto, nada obsta a que um Centro Espírita mantenha reuniões de assistência espiritual dirigida para hospitais, com o fim de minorar os sofrimentos das pessoas que lá se encontram, mas é um trabalho realizado à distância, indistintamente dirigido a todos os pacientes.
7.      – O CE deve manter atividades na área social?

Quando o Centro Espírita dispuser de pessoal e de recursos suficientes pode, se assim entender o grupo que é conveniente, implementar atividades na área social, aí entendida Assistência Social Espírita, lembrando sempre que se deve associar à caridade material a indispensável oportunidade da prática da caridade moral e espiritual e de evangelização das pessoas assistidas. De nada adiantará dar o peixe, se, à pessoa assistida, não lhe for facultada a oportunidade de aprender a pescar.

Receberemos com prazer os comentários e/ou sugestões do leitor, que poderão nos auxiliar no desenvolvimento e aperfeiçoamento desse trabalho.


Na próxima semana daremos continuidade com a Parte V.

(*) voluntário do programa Antena Espírita, do C.E. Grão de Mostarda e articulista do blog Canteiro de Ideias.

Comentários

  1. Essa é uma temática muito proveitosa e preciosa. Porém na realidade acontece numa grande maioria de toda forma e maneira. Casas sendo dirigidas por trabalhadores com falta de instrução,maturidade,conhecimento , orgulho mascarado e amor em prática. Acredito eu que não basta ter apenas boa vontade e viver de faz de conta que sei,que gosto,que sou fraterno,faço caridade , topo tudo e leio demais. E caminhamos preguiçosamente querendo, sem fazer esforços. Pois diferenças existiram! Desculpas também,principalmente quando é para apontar o esforço menor do outro e engrandecer o esforço próprio. Parece ser mais fácil agirmos assim. Sem esforços,mas querendo casas cheias.Me pergunto como um cego guiará outro? Por isso já foi dito : Espíritas instruí-vos!
    Se fosse cumprido cada pauta deixada sabiamente em seu artigo sr. Castro, possivelmente a realidade de muitas casas seriam outra.
    Importante que a análise como em mim!

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    1. Francisco Castro de Sousa12 de julho de 2015 às 22:48

      Caro leitor, não esqueça que o livre arbítrio é um patrimônio do espírito e que cada um é responsável pelos seus atos. De nossa parte devemos esclarecer a partir do ensino dos espíritos e da experiência de quem já compreendeu melhor, mas não podemos interferir no livre modo de agir de ninguém. Obrigado pelo seu comentário, outras pessoas irão ler também o você escreveu e certamente refletirão nas práticas que adotam, podendo modificá-las ou não se assim desejarem!

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    2. É bom que fique claro que, quando o confrade e amigo Castro se refere no item 2, sobre "Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, não é necessariamente o curso ESDE, mas o estudo da Doutrina em si, que pode ser pelo estudo de "O Livro dos Espíritos", palestras expositivas, etc.

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  2. Francisco Castro de Sousa14 de julho de 2015 às 13:29

    Meu Caro Jorge Luiz, muito bem lembrado. Embora eu tenha citado o ESDE, é apenas para exemplificar, porque esse material é encontrado hoje com muita facilidade nas Livrarias Espíritas e nas Casas Espíritas, são livros muito bem elaborados tornando-se assim muito fácil aquisição dos mesmos. Para complementar esse assunto eu sugiro ao leitor que veja aqui no Canteiro de Ideias, na 2ª semana de 2012 um texto que eu postei sob o título A Importância do Estudo da Doutrina Espírita para o Centro Espírita, onde trato dessa questão de forma mais ampla, em que eu transcrevo uma citação de Kardec no Livro Viagens Espíritas 1862, na qual ele se refere aos chamados grupos de ensino, onde pessoas de boa vontade leem o Livro dos Espíritos pra as pessoas que não sabem ler. Eu já usei no Grão de Mostarda o CBE - Curso Básico de Espiritismo, o ESDE - Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita e agora estou orientando uma turma de EADE - Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita. Portanto, o que importa mesmo é que a Casa Espírita mantenha o Estudo da Doutrina Espírita de forma sistemática, e não eventualmente! Obrigado Jorge, pela oportunidade de acrescentar essas observações!

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  3. Francisco Castro de Sousa14 de julho de 2015 às 13:33

    Eu Quis dizer na 2ª semana de JUNHO de 2012! Desculpem!

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