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SINAIS NATALINOS



Por Gilberto Veras (*)




O dia é lindo,
flores de múltiplos tons
despertam a harmonia das cores
e inspiram sensitivos às artes deslumbrantes.

O bom-dia educado do desconhecido
é recebido de bom grado
pela tranquilidade íntima do transeunte.

O vento frio encontra a pele descoberta do sem-teto,
não causa desconforto
e sim a força da esperança por dias melhores.


A desumanidade do déspota egoísta
não desfaz planos alimentados
pela humildade do desafortunado.

A descortesia estúpida falece
diante da compreensão benévola,
rica de amor e fraternidade.

Brinquedos de parques infantis
são alugados por moedas abençoadas pela bondade rica
para ocupação de crianças pobres,
e sorrisos angelicais realizam desejos frementes,
antes vividos apenas de ilusão,
no mundo inocente dos sonhos.

Vibrações elevadas tocam almas endurecidas,
e sensações maravilhosas são liberadas,
em concerto de paz e amor...


Não duvidemos,
o Cristo latente revelou-se,
bloqueou o mal,
nasceu generoso em todos os berços,
nascimento coletivo e simultâneo.

É o Natal que se manifesta iluminado
pelas leis divinas,
luzes que focalizam a estrada do Bem,
e,
para nela marchar,
a criatura humana visualiza convite irresistível,
escrito pelo esplendor da Felicidade
em letras da perseverança imorredoura
e da fé inabalável no Senhor da Vida.

(*) poeta e escritor espírita.



Post Scriptum: com a foto acima o "Canteiro de Ideias" homenageia o sociólogo Herbert de Souza (foto), o Betinho (1935-1997), idealizador da campanha nacional da Ação da Cidadania Contra a Fome a Miséria e pela vida, em 1993, da qual fui voluntário pelo Banco do Brasil, em Sobral (CE). (Jorge Luiz)


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