Pular para o conteúdo principal

ESPIRITISMO E NECROPOLÍTICA

 


           Por Jorge Luiz

         A tragédia anunciada que ocorre no Rio Grande do Sul traz muitos elementos que estão sendo discutidos, embora de uma forma velada, sem uma participação efetiva da mídia corporativa, que evidenciam as negligências dos dirigentes estadual e municipais. O próprio governador do Estado, Eduardo Leite, foi sincero ao afirmar que “priorizou a agenda fiscal às questões de natureza climática.” Não muito diferente foram as posturas governamentais diante da pandemia de COVID-19, os jovens negros precocemente mortos na periferia. Achille Mbembe filósofo, cientista político, historiador, intelectual e professor universitário camaronês, define essas decisões, amparadas por discursos que guardam alguma ordem como necropolítica, que é a licença para matar. Um dos piores exemplos de biopoder, no momento, é o genocídio que ocorre em Gaza, na Palestina.

            Os estudos de Mbembe vão além das definições de biopoder ou biopolítica de Michel Foucault (1926-1984), filósofo francês, onde o biopoder é definido de duas formas: consiste, por um lado, em uma anátomo-política do corpo e, por outro, em uma biopolítica da população. A anátomo-política refere-se aos dispositivos disciplinares encarregados de extrair do corpo humano sua força produtiva, mediante o controle do tempo e do espaço, no interior de instituições, como a escola, o hospital, a fábrica e a prisão. Por sua vez, a biopolítica da população volta-se à regulação das massas, utilizando-se de saberes e práticas que permitam gerir taxas de natalidade, fluxos de migração, epidemias e aumento da longevidade. O capitalismo transforma-os em mecanismos de morte, tomando em um contexto de verticalidade a capacidade de produzir e consumir, que o próprio Foucault rotula de “racismo”.

            Mbembe explica em suas conclusões: “Tentei demonstrar que a noção de biopoder é insuficiente para dar conta das formas contemporâneas de submissão da vida ao poder da morte. Além disso, propus a noção de necropolítica e de necropoder para dar conta das várias maneiras pelas quais, em nosso mundo contemporâneo, as armas de fogo são dispostas com o objetivo de provocar a destruição máxima de pessoas e criar “mundos de morte”, formas únicas e novas de existência social, nas quais vastas populações são submetidas a condições de vida que lhes conferem o estatuto de “mortos-vivos”.

            Esse exemplo é bem notado na tragédia do Rio Grande do Sul, quando se elege uma agenda fiscal em detrimento da proteção das vidas, pois a população no entorno das vias aquíferas se constitui de pobres que não contam na economia do neoliberalismo. A questão é que as chuvas tomaram uma dimensão nunca vista e alcançou, inclusive, classes melhores situadas nessa verticalidade, notadamente, a cidade de Porto Alegre.

            Têm-se uma ideia, de tanto os líderes mundiais falarem, que realmente as questões climáticas estão na agenda das Nações. Pura ilusão! A realidade é que já estamos operando no vermelho e perto de alcançar um caminho sem volta. Interessante notar, segundo os pesquisadores, que o Brasil já tem a capacidade de triplicar a produção do agro, sem desmatar, somente utilizando a tecnologia de ponta já disponível. A ganância do homem, no entanto, é maior que a racionalidade.

            O negacionismo, que é uma atitude de se ir contra as evidências ou até mesmo paradigmas reconhecidos pela ciência, na realidade é um eufemismo do exercício do biopoder. O negacionismo e o obscurantismo, principalmente sobre  as questões climáticas, são as principais bandeiras da ultradireita mundial, em especial a do Brasil, que ficou no poder recentemente.

            Nadir Lara Júnior e David Pavón-Cuéllar(1), na obra Psicanálise e Marxismo, afirmam:

“Uma das artimanhas dos Estados capitalistas é justamente transformar o sofrimento de cada sujeito numa forma de fraqueza individual. A depressão, a bipolaridade, a esquizofrenia etc.... se tornam um predicado para os fracos e incapazes que não souberam prosperar e empreender. A esse sujeito cabe o lugar da masmorra moderna dos manicômios e das camisas de força atualizadas nos psicotrópicos que muitas vezes anestesiam a pessoa da própria existência humana. (...) Tornar a existência humana uma obsolescência se torna o objetivo do sistema capitalista.”

            Onde estão esses indivíduos? Onde residem? Como sobrevivem? Perderam a capacidade de produzir e consumir. Esses são os alvos da necropolítica.

Essa fase que o Planeta atravessa está sendo estudada como um novo intervalo de tempo geológico, iniciando-se de uma metáfora que na realidade já se consolidou, a partir de critérios adequados, formalmente como antropoceno, que de fato tem o seu início desde a Revolução Industrial.

            Os geólogos dividem a escala do tempo geológico em intervalos de tempo de 4,5 bilhões de anos da Terra em uma hierarquia de éons, eras, períodos, épocas e idades.

            Ian Angus é um ativista ecossocialista canadiano que afirma:

“Vivemos no período Quartenário, a mais recente subdivisão da era Cenozoica, que começou há 65 milhões de anos. O Quartenário, por sua vez, divide-se em duas épocas: o Pleistoceno, que começou há 2,58 milhões de anos, e o Holoceno, que começou 11.700 anos atrás e se estende até o presente.”

            Essas questões não passaram despercebidas por Allan Kardec. Na questão n.º 705, de O Livro dos Espíritos (L.E.), ele indaga aos colaboradores espirituais sobre o desequilíbrio da capacidade de suporte da Terra com as necessidades humanas. Eis a resposta:

“– É que o homem a negligencia, ingrato, e, no entanto, ela é uma excelente mãe. Frequentemente ele acusa a Natureza pelas consequências da sua imperícia ou da sua imprevidência. A terra produziria sempre o necessário se o homem soubesse contentar-se. Se ela não supre todas as necessidades é porque o homem emprega no supérfluo o que se destina ao necessário. (...)”

            Os espíritas vêm fazendo apologia à transição planetária, justificando todo o gênero de calamidades sociais que intercorrem no mundo, a exemplo das enchentes no Rio Grande do Sul. Observe-se que nessa tragédia foram desprezados inúmeros relatórios que sinalizavam acerca de medidas que deveriam ser observadas no que diz respeito às queimadas na Amazônia que, inclusive, a necropolítica esteve presente com a morte de centenas de povos originários.

            É de fundamental importância que se corrija o hábito de tudo se debitar todas as tragédias coletivas às vidas passadas, por não ter o alcance do que é a morte na visão espírita. Os Espíritos nas questões n.º 738 e 738- “a” (L.E.), quando indagados sobre os homens bons que são vítimas nesses eventos, juntamente com os maus, eles respondem:

“ – Se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante em relação ao infinito, menos importância lhe daríamos. Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar.”

            Há, no imaginário do movimento espírita, o mundo de regeneração  concebido pela graça divina, em detrimento da desgovernabilidade do homem em suas condutas para com o próximo e a Natureza. Não há data limite como amplamente anunciado entre os espíritas. Estamos em permanente transição, pois o progresso é lei imperativa, conforme está descrito na terceira parte de o (L.E.).

            Não há solução climática no contexto do modo de reprodução do sistema capitalista, isso é inquestionável. Ou se muda, ou se muda o sistema. A ecologia é antissistêmica.

            Indiscutivelmente, Karl Marx (1818-1883), revolucionário socialista alemão, foi quem mais criticou o sistema capitalista, sempre atual, e as questões ecológicas também são aventadas em seus escritos. Veja-se:

“O trabalho não é a fonte de toda riqueza. A natureza é fonte dos valores de uso (que são, de qualquer forma, a riqueza real!) tanto quanto o trabalho, que não é nada além da expressão de uma força natural, a força de trabalho do homem.”

            Trabalho e Natureza, todos precarizados pela ganância do homem, para o enriquecimento de poucos.

            Murray Bookchin (1921-2006), libertário norte-americano e pioneiro no movimento da ecologia, enxerga que toda essa catástrofe humana na relação com a natureza, surge na realidade, bem antes do capitalismo com a mentalidade estruturada em torno da hierarquia e da dominação, em que a dominação do homem pelo homem originou o conceito da dominação sobre a natureza como destino e necessidade da humanidade. Brookchin, sugere uma “sociedade ecológica” sem a hierarquização e sem classes que deverá eliminar mesmo o conceito de dominação da natureza.

            Allan Kardec, inspirado pelos fundamentos que inspiraram a Revolução Francesa, escreveu um ensaio sobre Liberdade, Igualdade e Solidariedade, onde ele reflete sobre a dinâmica de uma sociedade sobre os auspícios desses princípios. Diz ele:

“Liberdade, igualdade e fraternidade, três palavras que são por si sós o programa de uma ordem social, que realizaria o mais absoluto progresso da Humanidade, se os princípios que representam pudessem receber inteira aplicação.”

O mesmo Kardec,  em Credo Espírita, assinala: A questão social não tem, pois, por ponto de partida a forma de tal ou qual instituição; ela está toda no melhoramento moral dos indivíduos e das massas. Aí é que se acha o princípio, a verdadeira chave da felicidade do gênero humano, porque então os homens não mais cogitarão de se prejudicarem reciprocamente.

Urge problematizarmos essas questões nos espaços espíritas. Tenho insistido nesses termos. O mundo de transição exige que o espírita aja no mundo de acordo com a sua consciência, agora mais lúcida e mais ampliada acerca da vida na Terra e seus desdobramentos após a morte. Não se pode continuar a demandar nos espaços espíritas, como é praxe, uma legião de pedintes das bênçãos do céu sobre os auspícios do passe e da água fluidificada. A vida pede mais que isso.

A vida do Espírito, enquanto encarnado, está ativa pelo Hálito Divino, fecundada pela imortalidade e das vidas sucessivas e somente, a partir dele, deve se extinguir.

Os bem-aventurados do Nazareno são alvos do necropoder. Paradoxo fúnebre!

 

 

Referências:

AGNUS, Ian. Enfrentando o antropoceno. São Paulo: Boitempo, 2023;

BOOKCHIN, Murray. Ecologia social e outros. Rio de Janeiro: Achiamé. 2010;

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. São Paulo: Lake, 2000.

_____________. Obras póstumas. Brasília: Feb, 1987.

MARX, Karl.  Crítica ao programa de Gotha. E-book.

MBEMBE, Aquille. Necropolítica. São Paulo: N-1edições, 2018.

TRIGUEIRO, André. Espiritismo e ecologia. Rio de Janeiro: Feb, 2009.

http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2359-07692016000300003

(1)       Psicólogo e doutor em Psicologia Social pela PUC (SP); doutor em Psicologia pela Universidade de Santiago de Compostela e doutor em Filosofia pela Universidade de Rouen.

 

Comentários

  1. Leonardo Ferreira Pinto9 de junho de 2024 às 14:03

    Texto fluido, que me trás luz a muitas dúvidas e angústias. Muito bem fundamentado com pesquisas a diversidade de autores.

    ResponderExcluir
  2. Gratidão, Léo! Jorge

    ResponderExcluir
  3. Belo e reflexivo artigo! Parabéns, pela lucidez meu amigo!

    ResponderExcluir
  4. Muito bom, excelentes considerações e necessário chamamento à conscientização dos espíritas. Doris Gandres.

    ResponderExcluir
  5. Gratidão ao Alexandre e a Doris pelo enriquecimento das ideias aqui assentadas. Jorge

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

PESTALOZZI E KARDEC - QUEM É MESTRE DE QUEM?¹

Por Dora Incontri (*) A relação de Pestalozzi com seu discípulo Rivail não está documentada, provavelmente por mais uma das conspirações do silêncio que pesquisadores e historiadores impõem aos praticantes da heresia espírita ou espiritualista. Digo isto, porque há 13 volumes de cartas de Pestalozzi a amigos, familiares, discípulos, reis, aristocratas, intelectuais da Europa inteira. Há um 14º volume, recentemente publicado, que são cartas de amigos a Pestalozzi. Em nenhum deles há uma única carta de Pestalozzi a Rivail ou vice-versa. Pestalozzi sonhava implantar seu método na França, a ponto de ter tido uma entrevista com o próprio Napoleão Bonaparte, que aliás se mostrou insensível aos seus planos. Escreveu em 1826 um pequeno folheto sobre suas ideias em francês. Seria quase impossível que não trocasse sequer um bilhete com Rivail, que se assinava seu discípulo e se esforçava por divulgar seu método em Paris. Pestalozzi, com seu caráter emotivo e amoroso, não era de ...

SOBRE ATALHOS E O CAMINHO NA CONSTRUÇÃO DE UM MUNDO JUSTO E FELIZ... (1)

  NOVA ARTICULISTA: Klycia Fontenele, é professora de jornalismo, escritora e integrante do Coletivo Girassóis, Fortaleza (CE) “Você me pergunta/aonde eu quero chegar/se há tantos caminhos na vida/e pouca esperança no ar/e até a gaivota que voa/já tem seu caminho no ar...”[Caminhos, Raul Seixas]   Quem vive relativamente tranquilo, mas tem o mínimo de sensibilidade, e olha o mundo ao redor para além do seu cercado se compadece diante das profundas desigualdades sociais que maltratam a alma e a carne de muita gente. E, se porventura, também tenha empatia, deseja no íntimo, e até imagina, uma sociedade que destrua a miséria e qualquer outra forma de opressão que macule nossa vida coletiva. Deseja, sonha e tenta construir esta transformação social que revolucionaria o mundo; que revolucionará o mundo!

SOCIALISMO E ESPIRITISMO: Uma revista espírita

“O homem é livre na medida em que coloca seus atos em harmonia com as leis universais. Para reinar a ordem social, o Espiritismo, o Socialismo e o Cristianismo devem dar-se nas mãos; do Espiritismo pode nascer o Socialismo idealista.” ( Arthur Conan Doyle) Allan Kardec ao elaborar os princípios da unidade tinha em mente que os espíritas fossem capazes de tecer uma teia social espírita , de base morfológica e que daria suporte doutrinário para as Instituições operarem as transformações necessárias ao homem. A unidade de princípios calcada na filosofia social espírita daria a liga necessária à elasticidade e resistência aos laços que devem unir os espíritas no seio dos ideais do socialismo-cristão. A opção por um “espiritismo religioso” fundado pelo roustainguismo de Bezerra Menezes, através da Federação Espírita Brasileira, e do ranço católico de Luiz de Olympio Telles de Menezes, na Bahia, sufocou no Brasil o vetor socialista-cristão da Doutrina Espírita. Telles, ao ...

OS FILHOS DE BEZERRA DE MENEZES

                              As biografias escritas sobre Bezerra de Menezes apresentam lacunas em relação a sua vida familiar. Em quase duas décadas de pesquisas, rastreando as pegadas luminosas desse que é, indubitavelmente, a maior expressão do Espiritismo no Brasil do século XIX, obtivemos alguns documentos que nos permitem esclarecer um pouco mais esse enigma. Mais recentemente, com a ajuda do amigo Chrysógno Bezerra de Menezes, parente do Médico dos Pobres residente no Rio de Janeiro, do pesquisador Jorge Damas Martins e, particularmente, da querida amiga Lúcia Bezerra, sobrinha-bisneta de Bezerra, residente em Fortaleza, conseguimos montar a maior parte desse intricado quebra-cabeças, cujas informações compartilhamos neste mês em que relembramos os 180 anos de seu nascimento.             Bezerra casou-se...

ESPIRITISMO E POLÍTICA¹

  Coragem, coragem Se o que você quer é aquilo que pensa e faz Coragem, coragem Eu sei que você pode mais (Por quem os sinos dobram. Raul Seixas)                  A leitura superficial de uma obra tão vasta e densa como é a obra espírita, deixada por Allan Kardec, resulta, muitas vezes, em interpretações limitadas ou, até mesmo, equivocadas. É por isso que inicio fazendo um chamado, a todos os presentes, para que se debrucem sobre as obras que fundamentam a Doutrina Espírita, através de um estudo contínuo e sincero.

O BRASIL CÍNICO: A “FESTA POBRE” E O PATRIMONIALISMO NA CANÇÃO DE CAZUZA

  Por Jorge Luiz “Não me convidaram/Pra esta festa pobre/Que os homens armaram/Pra me convencer/A pagar sem ver/Toda essa droga/Que já vem malhada/Antes de eu nascer/(...)/Brasil/Mostra a tua cara/Quero ver quem paga/Pra gente ficar assim/Brasil/Qual é o teu negócio/O nome do teu sócio/Confia em mim.”   “ A ‘ Festa Pobre ’ e os Sócios Ocultos: Uma Análise da Canção ‘ Brasil ’”             Os verso s acima são da música Brasil , composta em 1988 por Cazuza, período da redemocratização do Brasil, notabilizando-se na voz de Gal Costa. A música foi tema da novela Vale Tudo (1988), atualmente exibida em remake.             A festa “pobre” citada na realidade ocorreu, realizada por aqueles que se convencionou chamar “mercado”,   para se discutir um novo plano financeiro, para conter a inflação galopante que assolava a Nação. Por trás da ironia da pobreza, re...

TRAPALHADAS "ESPÍRITAS" - ROLAM AS PEDRAS

  Por Marcelo Teixeira Pensei muito antes de escrever as linhas a seguir. Fiquei com receio de ser levado à conta de um arrogante fazendo troça da fé alheia. Minha intenção não é essa. Muito do que vou narrar neste e nos próximos episódios talvez soe engraçado. Meu objetivo, no entanto, é chamar atenção para a necessidade de estudarmos Kardec. Alguns locais e situações que citarei não se dizem espíritas, mas espiritualistas ou ecléticos. Por isso, é importante que eu diga que também não estou dizendo que eles estão errados e que o movimento espírita, do qual faço parte, é que está certo. Seria muita presunção de minha parte. Mesmo porque, pelo que me foi passado, todos primam pela boa intenção. E isso é o que vale.

O ESPIRITISMO É PROGRESSISTA

  “O Espiritismo conduz precisamente ao fim que se propõe todos os homens de progresso. É, pois, impossível que, mesmo sem se conhecer, eles não se encontrem em certos pontos e que, quando se conhecerem, não se deem - a mão para marchar, na mesma rota ao encontro de seus inimigos comuns: os preconceitos sociais, a rotina, o fanatismo, a intolerância e a ignorância.”   Revista Espírita – junho de 1868, (Kardec, 2018), p.174   Viver o Espiritismo sem uma perspectiva social, seria desprezar aquilo que de mais rico e produtivo por ele nos é ofertado. As relações que a Doutrina Espírita estabelece com as questões sociais e as ciências humanas, nos faculta, nos muni de conhecimentos, condições e recursos para atravessarmos as nossas encarnações como Espíritos mais atuantes com o mundo social ao qual fazemos parte.

É HORA DE ESPERANÇARMOS!

    Pé de mamão rompe concreto e brota em paredão de viaduto no DF (fonte g1)   Por Alexandre Júnior Precisamos realmente compreender o que significa este momento e o quanto é importante refletirmos sobre o resultado das urnas. Não é momento de desespero e sim de validarmos o esperançar! A História do Brasil é feita de invasão, colonização, escravização, exploração e morte. Seria ingenuidade nossa imaginarmos que este tipo de política não exerce influência na formação do nosso povo.

A HISTÓRIA DA ÁRVORE GENEROSA

                                                    Para os que acham a árvore masoquista Ontem, em nossa oficina de educação para a vida e para a morte, com o tema A Criança diante da Morte, com Franklin Santana Santos e eu, no Espaço Pampédia, houve uma discussão fecunda sobre um livro famoso e belo: A Árvore Generosa, de Shel Silverstein (Editora Cosac Naify). Bons livros infantis são assim: têm múltiplos alcances, significados, atingem de 8 a 80 anos, porque falam de coisas essenciais e profundas. Houve intensa discordância quanto à mensagem dessa história, sobre a qual já queria escrever há muito. Para situar o leitor que não leu (mas recomendo ler), repasso aqui a sinopse do livro: “’...