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ESPÍRITAS ENTRE AMOR E ÓDIO

 


Ah o amor! Esse inspirador de poetas e pessoas guerreiras, encantador de religiosidades e temática humanitária que incendeia profetas!

Será o mesmo amor, aquele que na contramão do bom senso justifica a veiculação do ódio?

Também será amor o brado violento que defende tortura e preservação da família ao mesmo tempo?

Será amor…essa baba tóxica que reúne Deus e tradições fascistas?

Entre as delícias que esse nome traz e a cruz imposta a Cristo, amor é palavra confusa ou vítima de confusão planejada, para que a treva triunfe vestida de conservadorismo e costumes arcaicos?

Nesta quase poética questiono as narrativas que circulam entre grupos virtuais geridos por espíritas, a divulgar ódio e perseguição contra irmãos que se revelam progressistas.

Pois se as diferenças selam direitos o amor se desdobraria em ponte, para que o trânsito da verdade esbarrasse na liberdade de questionar, investigar, pesquisar, com postura de respeito e consciência do valor que corresponde a integridade física e moral dos nascidos terráqueos em veste humana.

Espíritas que divulgam currículo lattes de escritores progressistas no intuito de expor o acesso a pessoa, tem alguma intenção amorosa ao executar o ato?

Espíritas que circulam nome e imagem de escritor progressista em clara intenção de “cancelar” sua obra e presença nos lugares, quais princípios exala nas correntes vibratórias difundidas?

Por que as obras mediúnicas possuem mais direito à livre circulação do que um livro autoral?

Ah o amor…essa quimera perdida entre os poderes e as falácias! Que não nos permita desenlaçar completamente dos seus liames de fineza espiritual! Que nos alimente a chama frágil e resiliente da esperança nestes tempos de obscuros caminhos, tão equidistantes da razão kardeciana, no meio espírita brasileiro!

Que a consciência seja cada vez mais livre e política, porque todas as tentativas de forja religiosa se revelam autoritárias, violentas e perigosas ao verdadeiro amor.

Assim consigamos ser!

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