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AOS QUE NÃO CRIARAM A GUERRA

 

Por Ana Claudia Laurindo

Guerras ferem o globo, em todas as suas manifestações.

Sensibilidade social aflora, revela sofreres universais.

Contudo, quem decide pelas guerras?

Cards distribuídos pelas redes sociais apontam uma culpa genérica pela dor no Oriente, instigando emoções inexplicáveis nas coletividades.

Até que ponto isso contribui para a paz?

Quem oculta a verdade das tragédias e de quando elas começam?

Quem retira das coletividades a capacidade de entender que não se trata apenas de maldade e bondade?

A cada povo um tipo de guerra, a fortalecer o mesmo núcleo, que se mantém inalterado e cada vez mais alimentado pela riqueza do armamentismo.

Consumindo corpos e emoções, sanidade mental e capacidade de pensar o mundo racionalmente, o vilão distribui narrativas.

Como você está se sentindo ao saber que a guerra sempre é injusta, covarde e sanguinária?

E como se sentirá quando descobrir que ela foi tornada necessária à manutenção do enriquecimento de setores inatingíveis pelas nossas opiniões?

Ficará muito decepcionado quando souber que rezar era mesmo a única coisa que poderia fazer?

Precisamos estudar sobre política para não distribuir mais culpas entre outras vítimas.

O horror está na base do capitalismo global. Procurando encontraremos vestígios desde Canudos aos desertos por onde caminhou o nazareno.

A dor dos oprimidos gera lucro. Posse. Prestígio político. E assim a roda gira: poder!

Comentários

  1. É isso Ana, ânsia de poder em todos os sentidos, a qualquer custo. Doris Gandres.

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  2. A dor não tem lado, ideologia, preferência e sim alvos, metas e abandonos. O Oriente Médio é um exemplo, na História, de como estudar a dor do outro. É insano saber que os motivos, contemporâneos, estão distantes da dor. A ganância por energia aliada à intenção de influência, flui. Assim como um riacho após forte chuva. Deus? Onde estás? Seguem-se vozes ao redor do Mundo, mas não vêem que a coleira do lucro já foi retirada. E essa fera, fere. São mães a chorarem por seus filhos, muitos destes agora órfãos. O sangue derramado não justifica o petróleo "embarricado".

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